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Indonésia vai continuar prospecção no mar do Sul da China, apesar dos protestos de Pequim

A Indonésia aprovou o plano de desenvolvimento para três blocos de petróleo e gás — incluindo o Tuna Block, zona econômica exclusiva do país — perto de suas ilhas Natuna no mar do Sul da China, informou a revista indonésia Tempo. Segundo a mídia, a situação pode ser considerada uma escalada de tensões entre esses dois países.
Sputnik
A perfuração realizada no final de 2021 gerou protestos da China e forçou Jacarta a suspender a prospecção. Mas nesta quarta-feira (22), a Indonésia reivindicou mais uma vez seus direitos sobre a exploração do Tuna Block.
De acordo com a agência, a Indonésia está considerando propor dez campos de petróleo e gás a empreiteiros em 2023, incluindo o bloco localizado no mar do Sul da China. Tudo isso faz parte dos esforços da Indonésia para descobrir novos campos e produzir um milhão de barris de petróleo por dia até 2030.
"As pesquisas na área das ilhas Natuna mostram claramente que elas fazem parte do território indonésio. [...] Acho que a Indonésia, como Estado soberano, tem esse direito", escreveu a revista citando o especialista da Universidade de Paramadina, dr. Al Araf.
As Ilhas Natuna estão localizadas a noroeste da ilha de Bornéu e fazem parte do território da Indonésia. O ponto de discórdia são as águas do chamado mar do Norte de Natuna (ao sul do mar do Sul da China). O campo Tuna Block fica a 321 quilômetros dessas águas.
A última vez que a situação piorou foi em dezembro de 2022, quando a Indonésia e o Vietnã determinaram definitivamente as fronteiras de suas zonas econômicas exclusivas, fazendo com que Pequim enviasse navios da guarda costeira ao Tuna Block. Logo depois, a Indonésia enviou cinco navios de guerra e um avião de patrulha para monitorar as águas disputadas.
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