Panorama internacional

Itália exclui fornecimento de aviões de combate para a Ucrânia

A premiê italiana, Giorgia Meloni, declarou que a Itália não fornecerá aviões de combate para a Ucrânia, refutando reportagens da imprensa local alegando que Roma estava se preparando para enviar aviões de modelos antigos para reforçar as forças de Kiev.
Sputnik
Falando ao lado do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, durante uma visita a Kiev na terça-feira (21), Meloni foi convidada a comentar uma reportagem recente no jornal La Repubblica, que disse que a Itália estaria pronta para doar cinco de seus antigos caças-bombardeiros de ataque ar-superfície AMX.
"No momento, o fornecimento de aviões [de combate] não está na ordem do dia", disse ela, acrescentando que a decisão teria que ser tomada "em consulta com os aliados internacionais."
Em vez disso, Meloni afirmou que a Itália está trabalhando em um novo pacote de ajuda militar para a Ucrânia, que incluirá vários sistemas de defesa aérea, como o sistema avançado Samp/T, que será fornecido em coordenação com a França.
Anteriormente, Antonio Tajani, vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, declarou que o envio de aviões de combate italianos para a Ucrânia é quase impossível. Tajani também observou que, após a aprovação do sexto pacote de ajuda militar a Kiev, a entrega do sistema de defesa antiaérea avançado SAMP/T, em cooperação com o lado francês, ocorrerá em algumas semanas.
O governo italiano já aprovou um decreto para continuar a assistência militar até 2023, depois que o ministro da Defesa, Guido Crosetto, prometeu manter o fluxo de armas indefinidamente.
Panorama internacional
Berlusconi: 'Se eu fosse primeiro-ministro, nunca teria ido negociar com Zelensky'
Meloni, que assumiu o cargo de primeira-ministra em 22 de outubro de 2022, declarou, através de um comunicado, que lideraria "um governo com uma linha política externa clara e inequívoca" e salientou que a Itália faz parte da UE e da OTAN, e que "quem não estiver de acordo não poderá fazer parte deste governo".
Anteriormente, a Rússia enviou uma nota aos países da Aliança Atlântica sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia será um alvo legítimo para a Rússia.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que os países da OTAN brincam com o fogo fornecendo armas à Ucrânia. O porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, notou que o abastecimento à Ucrânia de armas do Ocidente não contribui para o sucesso das negociações russo-ucranianas e vai ter um efeito negativo.
Panorama internacional
Premiê italiana compara unidade da UE no conflito ucraniano com Titanic
Comentar