"Esta perda foi resultado de uma falha na pilotagem da aeronave", diz uma investigação recentemente publicada pela entidade militar, que afirma que o piloto estreante do F-35 "ficou em modo manual quando deveria estar [e pensou que estava] em comando automático" antes de atingir a lateral do porta-aviões USS Carl Vinson no dia 24 de janeiro de 2022.
"O piloto envolvido no incidente tentou uma recuperação acelerada da aeronave, uma manobra aprovada e comum, mas o aviador nunca havia realizado essa ação antes, o que reduziu o tempo para configurar a aeronave e realizar verificações de pouso", afirmaram os investigadores.
"Como resultado do tempo reduzido e da falta de experiência com a manobra, o piloto em comando perdeu o controle da situação e não conseguiu completar seu checklist de pouso", conclui o relatório.
De acordo com o Instituto Naval dos EUA, "a investigação descobriu que o piloto do F-35C estava fazendo sua primeira implantação".
O erro levou não apenas à perda total do avião, mas também forçou a Marinha a embarcar em uma cara missão de resgate, aparentemente preocupada com o interesse dos militares chineses em recuperar a aeronave.
A empresa norte-americana de armas Lockheed Martin supostamente cobra US$ 94,4 milhões (cerca de R$ 490,2 milhões) por uma variante do F-35C. O tão difamado programa de caça furtivo foi criticado por suas falhas contínuas e custos excessivos.
Essas críticas se intensificaram nos últimos anos, à medida que vários aviões sofreram falhas graves em incidentes de alto perfil.
Em janeiro, o Pentágono anunciou que suspenderia as entregas do motor F-35 usado pelos caças depois que um piloto do F-35B foi forçado a ejetar ao pousar na pista de uma base aérea do Texas em dezembro do ano passado. Apenas dois meses antes, outro piloto do F-35 foi forçado a se ejetar de um avião em Utah.