Operação militar especial russa

Último ano 'não foi ruim' para a economia da Rússia, reconhece chefe das Relações Exteriores da UE

Josep Borrell referiu fatores que permitiram à Rússia ter um desempenho melhor que o esperado em 2022, apesar das sanções abrangentes impostas contra o país nesse ano.
Sputnik
Apesar das sanções impostas à Rússia, 2022 não foi um ano ruim para sua economia, avaliou na quarta-feira (22) Josep Borrell, chefe das Relações Exteriores da União Europeia (UE), em declarações à rádio Onda Cero.
"O ano passado não foi ruim para a economia russa. Por quê? Porque os preços da energia dispararam, eles aumentaram dez vezes. E nós ainda estávamos dependentes deles, tivemos que continuar comprando [gás] deles, não havia alternativa, e os preços eram muito altos", disse ele.
Entretanto, disse ele, a situação mudou significativamente, agora que os países europeus não são mais dependentes de Moscou para energia. Enquanto a Europa costumava comprar 40% de seu gás da Rússia, este número agora caiu para 6%, acrescentou ele. Ao mesmo tempo, Borrell está convencido de que a Rússia não será capaz de encontrar novos clientes para substituir a Europa.
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Sobre o sentimento pacifista, que está se tornando cada vez mais popular entre os movimentos de esquerda na Europa, e cujos representantes defendem a suspensão dos suprimentos de armas à Ucrânia, e negociações com a Rússia, o alto representante da UE respondeu que "se a ajuda militar à Ucrânia for interrompida, a Rússia continuará atacando e a Ucrânia não será capaz de se defender".
A União Europeia, o Reino Unido e a Noruega gastaram juntos cerca de € 792 bilhões (cerca de R$ 4,4 trilhões) desde setembro de 2021 para aliviar a crise energética, agravada principalmente pelas sanções antirrussas impostas após o começo da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, determinou um estudo citado em 13 de fevereiro pela agência britânica Reuters.
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