"No âmbito das instruções pertinentes, o MRE russo está trabalhando para abrir novas embaixadas russas em vários países africanos. Informaremos sobre em quais Estados abriremos nossas missões diplomáticas, quando todos os aspectos legais, protocolares e outros forem acordados com as autoridades dos respectivos Estados", afirmou Bogdanov.
Segundo ele, em questões geográficas e no número de missões diplomáticas, a Rússia procede "da presença de interesses nacionais, da quantidade necessária de trabalho e, principalmente, da prontidão dos parceiros para abrir o diálogo e interação".
O vice-ministro observou que, para o Ocidente, esse reforço dos laços entre a Rússia e a África é como um insulto pessoal, porque eles dificilmente podem abandonar os princípios neocoloniais que por muitos anos lhes permitiram extrair recursos quase gratuitamente da África e "daí o seu envolvimento ativo com os africanos para enfrentar o nosso país no continente [africano]".
"A recente situação geopolítica e a crise do modelo liberal de desenvolvimento tornam necessário reestruturar todo o sistema mundial de relações internacionais [...] para o 'Ocidente coletivo', incluindo a França, isso significa o fim de seu império neocolonial, que durante anos permitiu extrair quase gratuitamente da África os recursos necessários para sustentar sua indústria e desenvolver sua economia", acredita Bogdanov.
Ao mesmo tempo, segundo ele, a Rússia tem uma reputação alta e merecida entre os africanos como um parceiro e amigo confiável, pronto para ajudar em uma situação difícil.