Mensalmente, é possível acompanhar o envio de ajuda militar ou monetária à Ucrânia por parte do Ocidente, e até o momento, US$ 120 bilhões (R$ 614 bilhões) foram entregues ao governo de Kiev. De acordo com o UOL, o volume é três vezes maior que as estimativas que as Nações Unidas fazem sobre os recursos necessários para lidar com a fome no mundo a cada ano.
Por exemplo, com US$ 40 bilhões (R$ 204 bilhões) por ano até 2030, a comunidade internacional erradicaria um dos maiores dramas que acompanha a humanidade e que, infelizmente, sempre encontra lacunas para se desenvolver: desde que o mundo é mundo, em alguma parte, há alguém passando fome.
De acordo com o Instituto Kiel para a Economia Mundial, citado pela mídia, com sede na Alemanha, US$ 108 bilhões (R$ 552 bilhões) foram destinados pelos governos ocidentais para Kiev, entre fevereiro de 2022 e início de janeiro de 2023.
Porém, nos últimos dias, essa quantia aumentou com adicional do lado asiático, com o Japão anunciando mais US$ 5,5 bilhões (R$ 28,6 bilhões) para a Ucrânia, enquanto o presidente americano, Joe Biden, usou sua viagem à capital ucraniana para também colocar mais US$ 500 milhões (R$ 2,5 bilhões) sobre a mesa. Enquanto isso, os governos europeus se mobilizam para criar um consórcio para abastecer a Ucrânia com munição em 2023.
Tanto na Europa como nos EUA, cresce a pressão de uma parcela da sociedade e das lideranças políticas diante do preço que as populações dessas duas partes do mundo estariam sofrendo por conta das sanções contra Moscou e apoio aos ucranianos, relata a mídia.
E não por acaso, tanto Biden como os líderes europeus usaram os últimos discursos para enquadrar o envolvimento na Ucrânia como uma "luta pela democracia". Para Moscou, a estratégia é muito clara: enfraquecer a Rússia.
Ao mesmo tempo, essa grande quantidade de armas e dinheiro já está ficando pesada para as potências europeias e para Washington, e assim se iniciou a busca por novos aliados. Por exemplo, a viagem do chanceler Olaf Scholz à América do Sul para buscar apoio, mas o a autoridade alemã saiu sem acordos, visto que países como Argentina e Brasil negaram ajuda.
De acordo com o instituto alemão, o maior doador de recursos para Kiev são os Estados Unidos, até o momento US$ 78 bilhões (R$ 399 bilhões) foram destinados pelos americanos aos ucranianos, em apenas um ano. Desse total, apenas US$ 3,7 bilhões (R$ 18,9 bilhões) foram para a ajuda humanitária. O restante envolveu a compra de armas e apoio financeiro ao Estado ucraniano, para que pudesse continuar operando e pagando salários.