Panorama internacional

UE não chega a acordo sobre novas sanções contra a Rússia

A União Europeia (UE) falhou mais uma vez em chegar a um acordo sobre o décimo pacote de sanções contra a Rússia nesta quinta-feira (23).
Sputnik
Conforme informou a Reuters, as negociações sobre o tópico continuarão na sexta-feira (24). O ponto de divergência teria sido aberto pela Polônia, em razão das exceções que constariam na proposta.
Varsóvia teria rejeitado exceções à importação de borracha sintética russa, exigidas por Alemanha e Itália para apoiar o pacote. A Polônia, no entanto, alegou que essas brechas tornariam o pacote inútil.
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Para a adesão de uma nova leva de sanções, os 27 países-membros do bloco precisam entrar em consenso.
No início da semana, o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, disse, após uma reunião do Conselho de Relações Exteriores, que um novo pacote seria adotado até amanhã (24).
A adoção desenfreada de sanções contra a Rússia por países do Ocidente contrasta com a posição de países da América Latina e da África, que resistem a cerrar fileiras contra Moscou diante do conflito apesar das pressões que têm sofrido. Os líderes do chamado Sul Global também rejeitam o envio de munições e armas a Kiev, alegando que isso alimenta o conflito.
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Pressão na Espanha

Nesta quinta-feira (23), um representante do Podemos, partido de esquerda que compõe a coalizão de governo da Espanha, cobrou que a UE atue para facilitar as negociações diplomáticas entre a Rússia e a Ucrânia a fim de evitar a continuidade do conflito em solo europeu.
A reação do partido governista se deu por uma irritação com um comentário de Borrell, que disse que a esquerda espanhola seria ingênua por sugerir que o fim do fornecimento de armas à Ucrânia estimularia negociações de paz de Kiev com Moscou.
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China pode apresentar plano de paz

Na sexta-feira (24), a China vai apresentar uma posição consolidada sobre o conflito ucraniano, e a expectativa é que Pequim traga um plano de paz. No sábado passado (18), Wang Yi, diretor do Gabinete da Comissão Central de Relações Exteriores do Partido Comunista da China, disse que, mesmo nas situações mais difíceis, "a paz deve ter uma chance". Ele observou que o documento será baseado nas propostas do presidente chinês, Xi Jinping, para restaurar a paz.
Os EUA afirmaram que só vão se manifestar sobre a proposta após obterem informações relativas aos termos.
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