Nesta sexta-feira (24), Alemanha, França e Reino Unido firmaram um pacto de defesa diante do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, para levá-lo à mesa de negociações com a Rússia, informou o The Wall Street Journal citando autoridades dos três governos.
As autoridades disseram ao jornal que Berlim, Paris e Londres estavam ficando cada vez mais preocupadas com o fato de que um conflito prolongado e um impasse iminente levariam ao limite sua capacidade de sustentar o esforço de guerra.
"Continuamos repetindo que a Rússia não deve vencer, mas o que isso significa? Se a guerra continuar por tempo suficiente com esta intensidade, as perdas da Ucrânia se tornarão insuportáveis", disse um alto funcionário francês, acrescentando que ninguém acreditava que a Ucrânia seria capaz de capturar a Crimeia da Rússia.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, supostamente quer apresentar seu projeto de pacto com Kiev na próxima cúpula da OTAN em julho, enquanto o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, disseram a Zelensky em uma reunião em Paris no início de fevereiro que ele deveria começar a se preparar para negociações de paz com a Rússia, afirmou o Wall Street Journal.
Ao mesmo tempo, a mídia ressalta que o pacto apresentado não vai fazer tropas da aliança militar chegaram ao solo ucraniano, mas aplicará a cláusula de defesa coletiva do Artigo 5 à Ucrânia em caso de um ataque ao seu território, e potencialmente dará à nação do Leste Europeu acesso a uma gama mais ampla de armas padrão da OTAN.
O relatório do jornal disse que autoridades alemãs e americanas se recusaram a comentar o pacto proposto, enquanto os porta-vozes dos governos do Reino Unido e da França não responderam imediatamente aos seus pedidos de comentários.