O ocultamento da informação da quantidade de drones acontece em meio a uma crise no fornecimento de armas ao regime de Kiev.
A versão oficial, dita pelo porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, é de que o número de drones a ser enviado não será divulgado para não dar essa informação à Rússia, mas isso havia sido informado durante a divulgação de pacotes anteriores.
"Tenho certeza de que é uma informação que o adversário adoraria ter", disse Ryder.
Segundo o Pentágono, o pacote inclui munições adicionais para Himars, projéteis de artilharia adicionais de 155 mm, munições para sistemas de foguetes guiados a laser, drones Switchblade 600, equipamentos anti-drone e de detecção de guerra eletrônica, equipamento de desminagem, comunicações seguras, equipes de apoio e drones de vigilância.
Washington comprometeu mais de US$ 32 bilhões em assistência bélica a Kiev, incluindo o fornecimento de 38 Himars, uma bateria de defesa aérea Patriot, oito sistemas Nasams, 31 tanques Abrams, 109 veículos de combate Bradley, 8.500 Javelin sistemas antiblindados, 232 obuses e 1.600 sistemas antiaéreos Stinger.
A Rússia alertou repetidamente que os países da Otan estão "brincando com fogo" ao fornecer armas à Ucrânia, e que comboios estrangeiros carregando armas seriam um "alvo legítimo" para seus militares assim que cruzarem a fronteira.
Turquia e China se movimentam para mediar conflito ucraniano
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, teve uma conversa por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta sexta-feira (24) e afirmou que está pronto para contribuir para a retomada das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.
No mesmo dia, o Ministério das Relações Exteriores da China disse em um documento de posição sobre a situação na Ucrânia que o diálogo e as negociações são a única saída para o conflito.
Pequim afirma que a segurança regional não pode ser alcançada fortalecendo ou mesmo expandindo blocos militares. A China aponta que para resolver a crise ucraniana é necessário abandonar a mentalidade da Guerra Fria e respeitar os legítimos interesses de segurança de todos os países.