Conforme informou a agência Reuters, a UE não chegou a um acordo sobre o prometido novo pacote de sanções contra a Rússia pelo terceiro dia consecutivo.
A divergência segue sendo sobre a importação de borracha sintética russa. Enquanto a Itália e a Alemanha seguem exigindo isenções, a Polônia mantém posição rígida. Varsóvia acredita que as sanções propostas à borracha russa têm uma lista tão longa de isenções e longos períodos de transição que terão pouco efeito no futuro próximo.
Os 27 países-membros precisam concordar de forma unânime com o pacote para que ele seja acatado.
A adoção desenfreada de sanções contra a Rússia por países do Ocidente contrasta com a posição de países da América Latina e da África, que resistem a cerrar fileiras contra Moscou diante do conflito apesar das pressões que têm sofrido. Os líderes do chamado Sul Global também rejeitam o envio de munições e armas a Kiev, alegando que isso alimenta o conflito.
Turquia e China se movimentam para mediar conflito ucraniano
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, teve uma conversa por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, nesta sexta-feira (24) e afirmou que está pronto para contribuir para a retomada das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.
No mesmo dia, o Ministério das Relações Exteriores da China disse em um documento de posição sobre a situação na Ucrânia que o diálogo e as negociações são a única saída para o conflito.
Pequim afirma que a segurança regional não pode ser alcançada fortalecendo ou mesmo expandindo blocos militares. A China aponta que para resolver a crise ucraniana é necessário abandonar a mentalidade da Guerra Fria e respeitar os legítimos interesses de segurança de todos os países.
O documento acrescenta que a China se opõe à politização da economia mundial e seu uso como arma. Além disso, Pequim pediu a restauração do diálogo direto entre Moscou e Kiev o mais rápido possível.
Enquanto o MRE da Rússia saudou a iniciativa chinesa, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e a Comissão Europeia deslegitimaram a proposta por vir de Pequim, que não votou contra Moscou na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).