Panorama internacional

Rússia continua a ser o maior fornecedor de carvão da Alemanha, diz jornal

A imprensa alemã relatou neste sábado (25) que Berlim supostamente comprou quase 30% de suas importações de carvão da Rússia, sancionada desde o ano passado.
Sputnik
A Rússia manteve sua posição como maior fornecedora de carvão da Alemanha no ano passado, apesar das sanções que proibiram as importações do combustível fóssil do país em meados de 2022.
As informações são do jornal Bild, que cita dados da Associação Alemã de Importadores de Carvão (VDKi).
Segundo o relatório, a Alemanha comprou um total de 44,4 milhões de toneladas de carvão em 2022, um aumento de 8% em relação ao ano anterior.
Embora as importações do combustível fóssil da Rússia tenham caído 37% em relação aos números de 2021, Moscou ainda entregou cerca de 13 milhões de toneladas à nação europeia, representando cerca de 29% de suas importações totais.
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Em comparação, os EUA forneceram 9,4 milhões de toneladas, um aumento de 32% em relação ao ano anterior, enquanto a Colômbia se tornou o terceiro maior fornecedor com 7,2 milhões de toneladas, um aumento de 210%.
Os embarques da África do Sul também aumentaram substancialmente, em 278% em relação ao ano anterior, para 3,9 milhões de toneladas. A Austrália foi o quarto maior fornecedor de carvão com 6,3 milhões de toneladas.
A União Europeia proibiu as importações de carvão da Rússia em 10 de agosto de 2022 como parte de um pacote de sanções.
Escavadeira de roda de balde extrai carvão na mina Garzweiler, em Luetzerath, na Alemanha, em 2 de novembro de 2022
Em 2021, a Rússia respondeu por cerca de 70% das importações de carvão do bloco, com a Alemanha e a Polônia particularmente dependentes do combustível fóssil russo, já que grande parte da eletricidade desses países é produzida por usinas movidas a carvão.
A Alemanha foi pressionada a aumentar seu uso de carvão nos últimos meses como resultado da escassez de energia e do aumento dos preços da energia, causados ​​pela redução no fornecimento de gás vindo da Rússia após as sanções ocidentais.
No início deste mês, o chefe da VDKi, Alexander Bethe, criticou as políticas da UE e da Alemanha, que buscam abandonar o carvão em favor de uma energia mais limpa.
Ele alega que os planos são muito ambiciosos, e que a noção de que a Europa só precisará de carvão por mais um ou dois invernos está longe da realidade.
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