O senador Rogério Marinho (PL) apresentou um projeto de lei para exigir que indicações de brasileiros para cargos de presidente e de diretor em instituições financeiras internacionais passem por avaliação no Senado.
Caso aprovada, a proposta dificultaria a nomeação da ex-presidente Dilma Rousseff para o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco dos BRICS.
"É preciso que o Senado analise o espectro amplo das aptidões para o cargo, sobretudo por ser também a Casa [Senado] responsável por autorizar operações externas de natureza financeira", afirmou Marinho neste sábado (25).
O Brasil já tem sinal verde dos outros países-membros do BRICS para nomeação de Dilma Rousseff.
A intenção é que Dilma esteja como chefe do banco quando o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, visitar a China em março. Assumindo a chefia do bloco, a ex-presidente vai morar em Xangai.
Líderes de Brasil, Rússia, África do Sul, Índia e China durante a 6ª Cúpula do BRICS, em 15 de julho de 2014
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O Banco do BRICS foi fundando justamente durante o segundo mandato de Dilma (2014-2016) e abarca com ele os cinco países-membros do bloco: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Em 15 de julho de 2014, durante a 6ª cúpula do BRICS realizada em Fortaleza (CE) os presidentes dos Estados-membros do bloco assinaram um acordo oficializando a criação do banco, cujo principal objetivo é o financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento em países pobres e emergentes.