"Há medidas militares e estamos nos preparando para elas. Estamos preparados espiritualmente e estamos nos preparando tecnicamente no que diz respeito às armas, no que diz respeito ao reforço e à formação de brigadas de ataque de diferentes categorias e diferente natureza [...] Estamos enviando pessoal para ser treinado, não apenas na Ucrânia, como também em outros países [...] Logo haverá medidas justas de desocupação", afirmou.
Posteriormente, o presidente norte-americano, Joe Biden, comentou a possibilidade de um ataque ucraniano contra a Crimeia, bem como Donbass, Kherson e Zaporozhie.
Em uma entrevista à emissora ABC, Biden afirmou que, no momento, é preciso "colocar os ucranianos em uma posição em que possam progredir nesta primavera e verão [europeus]", para chegar às negociações em uma "posição de força".
Ao ser questionado sobre a possibilidade de negociar, Biden afirmou que Kiev poderá recuperar a Crimeia e "partes do leste".
"Isso significa que será decidido por eles, os ucranianos. Posso imaginar uma situação em que haja uma transição para isso, não de uma só vez", afirmou.
Vale ressaltar que Washington tem apoiado a ideia de Kiev lançar ataques contra alvos militares na Crimeia, já que são "alvos legítimos", segundo a subsecretária de Estado dos EUA, Victoria Nuland.
Por sua vez, Igor Girenko, porta-voz da embaixada russa em Washington, denunciou que as declarações de Nuland sobre ataques na Crimeia são uma "clara confirmação da posição russa de que os EUA estão diretamente implicados no conflito".
"Consideramos esta postura de Washington uma manifestação flagrante da atitude belicista dos EUA contra nosso país", destacou.