Por milhares de anos, as pessoas praticaram a trepanação craniana, um procedimento médico que envolve cortar um buraco no crânio, de acordo com arqueólogos. Eles encontraram evidências de que civilizações antigas em todo o mundo, da América do Sul à África e além, realizaram a cirurgia.
Em 2016, arqueólogos escavaram um par de túmulos na zona doméstica de um palácio na famosa cidade bíblica de Megiddo, descobrindo os restos de dois irmãos, indivíduos enterrados juntos há quase 3.500 anos.
Agora, pesquisadores americanos e israelenses publicaram as descobertas de uma análise de seus esqueletos, revelando uma história trágica de dois irmãos cuja riqueza era insuficiente para salvá-los de uma morte prematura.
Cientistas descobrem evidências de cirurgia cerebral em crânio de 3.000 anos - CNET
Os achados marcam o exemplo mais antigo de trepanação, um procedimento cirúrgico de criar um buraco no crânio sem afetar o tecido subjacente, disse a mídia. Os irmãos viveram entre 1550 a.C. e 1450 a.C.
O irmão mais velho, que se pensa ter entre 20 e 40 anos, tinha sinais de cirurgia no crânio. Os arqueólogos disseram que depois de cortar seu couro cabeludo, um pedaço quadrado de seu crânio foi removido de seu osso frontal usando um instrumento afiado.
Mas o mais importante, saber sobre esta cirurgia antiga pode ajudar na busca para descobrir uma rica linha do tempo de como a medicina avançou desde o início da existência humana.
"Temos evidências de que a trepanação tem sido esse tipo de cirurgia universal e generalizada há milhares de anos", disse Rachel Kalisher, que chefia as análises do grupo de arqueólogos, em um comunicado.
Kalisher acrescentou que inicialmente pensou que o fragmento do crânio tinha sido tomado como uma amostra de DNA por colegas. "Normalmente, quando você estuda restos humanos, está estudando a mudança acumulada que eles experimentaram ao longo de suas vidas, mas esse foi um momento capturado", explicou.
Uma investigação mais profunda é necessária para decodificar totalmente o que aconteceu com esses dois irmãos azarados. Mas uma coisa é certa, como observa Kalisher: se a trepanação angular era para manter o rapaz vivo, não funcionou.