"Salvar vidas deve ser agora a principal obrigação da comunidade internacional, porque não queremos que as pessoas morram. Como você pode fazer isso? [Com] sanções? Não. Suprimentos de armas? Não. Apenas com paz", disse o ministro húngaro, acrescentando que é por isso que Budapeste apela a um cessar-fogo imediato.
"É triste que se você se posiciona pela paz, é imediatamente rotulado como apoiador da Rússia, embora não estamos do lado dos russos. Estamos do lado da paz porque não queremos ver mais pessoas morrerem", disse Szijjarto.
Comentando a introdução do 10º pacote de sanções antirrussas pela União Europeia (UE), o chefe da diplomacia húngara expressou sua perplexidade com o posicionamento do Ocidente, que por um lado apela à liberdade dos meios de comunicação e, por outro, os coloca em listas de sanções.
"Nós somos frequentemente criticados por não garantirmos a liberdade dos meios de comunicação na Hungria. Embora a única razão para esta crítica seja que, ao contrário de qualquer outra parte da Europa, a mídia húngara é polarizada", disse Szijjarto em entrevista.
Ele explicou que na Europa 98% dos meios de comunicação são liberais, e outros têm opiniões diferentes.
"Na Hungria é diferente. A mídia na Hungria é dividida em conservadores e liberais. E isso é visto pelo Ocidente ou pela principal corrente liberal como falta de liberdade da mídia", concluiu o chanceler húngaro.
Após o anúncio das novas sanções da União Europeia contra a Rússia neste sábado (25), Dmitry Kiselev, editor-chefe do grupo de mídia Rossiya Segodnya, disse que os Estados Unidos estão pressionando a União Europeia a cometer autossabotagem ao atingir a mídia.