"Estamos seriamente engajados em um diálogo sobre política industrial [com a China]. Recentemente, acertamos com Moscou que Belarus e Rússia [serão] uma única política industrial. Por que não se juntar à China? Vamos começar com Belarus-Rússia e depois unir nós três —Belarus, Rússia e China", disse Lukashenko em entrevista.
O mandatário enfatizou que a China pode fornecer produtos para a Europa, África e outras regiões através da Belarus e lembrou que Minsk e Pequim estão implementando um grande projeto para desenvolver o parque industrial Great Stone. "Tem um grande futuro", disse.
"Ainda temos que ir avançando. Mas estamos indo na direção certa, estamos indo no caminho certo, da maneira que planejamos. As possibilidades deste parque industrial da Great Stone são colossais", disse.
Lukashenko chamou a atenção para o fato de que mais de 100 empresas de alta tecnologia de vários setores já operam no parque, que produzem produtos que são procurados na Europa e no mundo inteiro, e pediu às empresas chinesas que venham mais ativamente com investimentos e tecnologias para o parque industrial e lembrou os benefícios fiscais ali proporcionados.
O mandatário disse ainda que seu país é o único aliado da China na Europa e garantiu que a amizade entre os dois países continuará por décadas.
"Vamos admitir: Belarus é o único lugar no centro da Europa que mantém uma atitude amigável - ou eu poderia dizer fraterna — em relação à China", afirmou.
Lukashenko ainda acusou os Estados Unidos de criar uma barreira entre a China e a Europa para tentar conter a segunda maior economia do mundo. O presidente belarusso disse que Washington está intensificando a retórica dos direitos humanos em uma tentativa de iniciar uma guerra civil na China.