"Decidi, portanto, lançar uma iniciativa destinada a permitir a organização e realização de eleições presidenciais e legislativas em 2023. Nesse sentido, pretendo estabelecer um Painel de Direção de Alto Nível para a Líbia", disse Bathily.
O mecanismo deve reunir todas as partes interessadas da Líbia e promover o consenso em torno de questões como as eleições, acrescentou.
No dia 16 deste mês, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, discutiu com Bathily a questão da resolução da crise interna da Líbia sob a liderança das Nações Unidas e expressou o apoio de Moscou ao seu trabalho.
A Líbia está em crise desde que uma invasão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ajudou a derrubar o líder líbio Muammar Kadhafi, em 2011.
Sua morte levou a uma rivalidade de uma década entre a administração apoiada pela ONU em Trípoli e o Parlamento, em Tobruk. Um processo de reconciliação mediado pela ONU colocou um governo interino de unidade no comando em 2021, mas não conseguiu realizar eleições em dezembro desse ano, conforme programado.
Em meio a tensões no país africano, a chefe do Partido Comunista da Boêmia e Morávia (KSCM, na sigla em tcheco), Katerina Konecna, defendeu no Parlamento Europeu a criação de um tribunal para crimes de guerra cometidos pelos EUA. Konecna sugeriu que o grupo investigue os crimes cometidos pelas forças de Washington no Iraque, Síria, Líbia, Iêmen e outros países.