Operação militar especial russa

Politico: Zelensky usa a situação como oportunidade para centralizar seu poder

A crítica política interna ao presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, a quem os políticos da oposição acusam de concentração excessiva de poder e métodos superficiais de governança, está crescendo na Ucrânia, diz a edição europeia Politico.
Sputnik
Segundo Jamie Dettmer, o conflito armado não mudou a atitude do chefe de Estado em relação às complexidades da governança e aos processos que se formam contra sua vontade: ele prefere o quadro geral, ignora detalhes e gosta de confiar no círculo interno de amigos.
Mesmo antes do início da operação militar especial, a deputada ucraniana Lesya Vasilenko disse que a Ucrânia "ficou presa" por um presidente que não sabe pensar estrategicamente.

"Ele se tornou presidente sem qualquer experiência política ou experiência na gestão de estruturas estatais. Ele achou que era muito fácil governar [...] Quando algo dava errado, sua reação foi sempre: 'É culpa dos antecessores, que devem ser colocados na prisão'", diz o artigo, citando o deputado ucraniano Nikolai Knyazhitsky.

De acordo com ele, Zelensky é um populista que compartilha todas as falhas inerentes a este tipo de políticos.
Operação militar especial russa
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A publicação diz que a decepção com Zelensky está crescendo no parlamento: os legisladores reclamam que o governo os está ignorando. Zelensky se encontrou com os líderes da oposição apenas uma vez desde o início da operação militar especial.

"Vemos que as decisões estão cada vez mais centralizadas e concentradas nas mãos de cada vez menos pessoas, e isso [...] é prejudicial ao fortalecimento de nossas instituições democráticas. Se alguém pensa que a centralização do poder é a resposta aos nossos problemas, está enganado", disse a deputada da oposição Ivanna Klimpush-Tsintsadze, que serviu como vice-primeira-ministra no governo do ex-presidente Pyotr Poroshenko.

Ela está preocupada também que a recente onda de prisões anticorrupção foi feita para ser mostrada na véspera da cúpula Ucrânia-União Europeia em fevereiro e que possa ser usada como uma oportunidade para centralizar ainda mais o poder.
O colunista também observou que as mídias internacionais estão cegas perante as crescentes críticas internas de Zelensky porque estão "fascinadas por seu charme carismático".
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