O Reino Unido e a UE chegaram a um acordo sobre mudanças no Protocolo da Irlanda do Norte.
"Um acordo foi alcançado. O acordo está fechado", disse uma fonte anônima do governo britânico à mídia na tarde desta segunda-feira (27).
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se reuniram durante o almoço para conversas em Windsor. Os dois marcaram uma coletiva de imprensa para o final da tarde.
Von der Leyen também teria recebido uma audiência com o rei Charles III no Castelo de Windsor.
Um porta-voz de Downing Street disse que, após meses de negociações entre os ministros britânicos e a UE, "progressos construtivos foram feitos" e que Sunak obteve concessões "significativas e de longo alcance" de Bruxelas.
Sunak disse que estava "dando tudo" para chegar a um acordo, acrescentando que havia "negócios inacabados sobre o Brexit" e que ele desejava terminar o trabalho.
Um ministro de gabinete não identificado disse aos jornalistas que os compromissos com o primeiro-ministro foram melhores do que "qualquer um de seus predecessores conseguiu" — um golpe claro em Boris Johnson, que passou dois anos lutando com a UE sobre o assunto.
Minutos antes do início das notícias, o líder do Partido Unionista Democrático da Irlanda do Norte (DUP), Jeffrey Donaldson, disse que era ambivalente sobre a perspectiva de um acordo.
"Não sou positivo nem negativo", disse Dobaldson. "Precisamos de tempo para analisar o acordo, o que está disponível e como isso corresponde aos nossos 'sete testes'", em referência aos questionamentos feitos para se compreender uma causa como sendo justa.
O protocolo, um anexo do acordo de saída do Reino Unido pós-Brexit de 2020 com Bruxelas, mantém o enclave britânico da Irlanda do Norte no mercado único da UE.
A República da Irlanda, membro do bloco, insistiu que o acordo de "backstop" (que funcionaria como uma apólice de seguro) era necessário para evitar uma "fronteira dura" com verificações alfandegárias que poderiam violar os termos do Acordo da Sexta-Feira Santa de 1999, que pôs fim a três décadas de terrorismo sectário no norte.
Mas isso significou verificações alfandegárias de mercadorias vindas da Grã-Bretanha continental e até proibições de certos produtos, como salsichas e vasos de mudas. Isso irritou a comunidade unionista majoritária, levando a distúrbios e a uma ameaça falsa de bomba ao ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney.