Os domicílios britânicos poderão pagar mais por gás e eletricidade a partir de abril, apesar do fiscalizador de energia do Reino Unido baixar o limite de preços para os consumidores.
O regulador Ofgem anunciou nesta segunda-feira (27) que baixaria o máximo que uma propriedade doméstica poderia ser cobrada anualmente por luz e aquecimento de 4.279 libras britânicas (R$ 26.782) para 3.280 libras britânicas (R$ 20.529).
No entanto, a empresa de consultoria de energia Cornwall Insight disse que esperava que as contas subissem em média 500 libras britânicas (R$ 3.129) por domicílio, depois que Jeremy Hunt, ministro do Tesouro do Reino Unido, sugeriu cortar o esquema de Garantia de Preço de Energia, que garantia que a família média não pagaria mais do que 2.500 libras britânicas (R$ 15.647) anualmente, para 3.000 libras britânicas (R$ 18.777). O déficit seria compensado pelo governo.
"Agora sabemos que isso será insustentável para muitas pessoas. Estimamos que o número de pessoas que simplesmente não terão condições de pagar suas contas de energia dobrará, então passaremos de uma em cada dez pessoas para uma em cada cinco pessoas. Isso é um número enorme de pessoas", prevê Dame Moriarty, CEO da ONG Citizens Advice, cuja organização está lutando contra essa intenção governamental.
"Estamos falando literalmente de milhões de pessoas que vão ver impactos catastróficos", sublinhou Moriarty.
A subida nos preços energéticos na Europa, e particularmente no Reino Unido, reflete uma queda no preço de mercado dos combustíveis fósseis, que disparou após as sanções e embargos às exportações de hidrocarbonetos russos por Moscou ter iniciado uma operação militar especial na Ucrânia.