Além de causar danos tremendos à economia alemã, a destruição dos gasodutos Nord Stream 1 e 2 (Corrente do Norte 1 e 2) em setembro de 2022 aparentemente também prejudicou a vida marinha no mar Báltico.
Um novo relatório produzido por pesquisadores da Alemanha, Polônia e Dinamarca alega que as explosões que destruíram os gasodutos deixaram um volume de cerca de 250.000 toneladas de "fundo do mar contaminado", resultado da liberação de substâncias tóxicas que representam uma ameaça para as criaturas marinhas, informou a mídia dinamarquesa.
Hans Sanderson, pesquisador do Departamento de Ciências Ambientais da Universidade de Aarhus e um dos autores do estudo, afirmou que essa situação pode significar que os peixes expostos às substâncias liberadas como sonsequência "ficarão doentes".
"Há alguns deles que vão morrer e há alguns que terão dificuldade em se reproduzir", acrescentou o pesquisador.
A onda de choque produzida pelas explosões também matou supostamente todos os botos em um raio de quatro quilômetros e provavelmente ensurdeceu aqueles em um raio de 50 quilômetros, acrescentou a mídia.
Três dos quatro gasodutos submarinos que compõem os projetos Nord Stream 1 e 2 que conectam a Rússia e a Alemanha através do mar Báltico foram severamente danificados por uma série de poderosas explosões em setembro de 2022.
Embora não tenha ficado imediatamente claro quem estava por trás desse ato de sabotagem, o jornalista investigativo Seymour Hersh nomeou o governo dos Estados Unidos como o mentor em fevereiro deste ano.
Citando fontes familiarizadas com o planejamento desta operação, Hersh afirmou que mergulhadores da Marinha dos EUA plantaram os explosivos nos gasodutos no verão de 2022 com a ajuda da Noruega e que as cargas foram detonadas remotamente três meses depois para evitar suspeitas.