O grupo inclui o ex-diretor da NASA James Hansen, que alertou o Congresso sobre os perigos da mudança climática em 1988.
Este método envolve a pulverização de partículas de aerossol na atmosfera que refletiriam a luz solar para longe da Terra, diminuindo assim o aquecimento.
Em uma carta aberta publicada na segunda-feira (27), os cientistas deixam claro que não estão apoiando o método como uma solução para a mudança climática, mas sim argumentando por mais estudos e experimentos de campo para avaliar sua viabilidade. Afinal, segundo eles, apenas reduzir a poluição que aquece o planeta não é mais suficiente.
"Embora a redução de emissões [de gases de efeito estufa] seja crucial, nenhum nível de redução realizado agora pode reverter o efeito de aquecimento", escrevem os cientistas liderados por Sarah Doherty, professora de ciências atmosféricas da Universidade de Washington.
Eles insistem em uma "avaliação científica rigorosa e rápida" de como a tecnologia funcionaria e suas possíveis desvantagens.
Muitos cientistas já há muito tempo que estão preocupados de que o desenvolvimento das novas técnicas de geoengenharia incipientes, como a sucção de carbono da atmosfera ou o bloqueio dos raios solares, possam distrair da aplicação de políticas rígidas para conter a poluição por carbono.
Mas à medida que as ondas de calor, incêndios florestais, inundações e outros desastres alimentados pelo clima estão se tornando mais comuns e severos, alguns cientistas e políticos estão explorando os últimos esforços para esfriar o planeta.
Nem todos concordam que é uma boa ideia. Os pesquisadores defendem que a tecnologia corre o risco de se tornar um "poderoso argumento para os lobistas da indústria, negacionistas climáticos e alguns governos".
O desacordo dentro da comunidade científica ressalta a natureza da crise climática: a humanidade precisa parar de produzir poluição que aquece o planeta.
22 de fevereiro 2023, 11:37