Operação militar especial russa

EUA estão preparando provocação na Ucrânia com uso de substâncias tóxicas, diz MD russo

O Ministério da Defesa da Rússia informou que Washington espera que, com os combates em curso na Ucrânia, sua provocação não seja investigada de maneira eficaz.
Sputnik
Os EUA pretendem realizar uma provocação na Ucrânia com o uso de substâncias tóxicas para acusar a Rússia, informou o tenente-general Igor Kirillov, chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica do Ministério da Defesa da Rússia.

"Eles esperam que, nas condições das ações militares, a comunidade internacional não seja capaz de organizar uma investigação eficaz", afirmou Kirillov.

Com isso, segundo ele, os verdadeiros mandantes das ações podem evitar a responsabilidade e esta será atribuída à Rússia.

"O Ministério da Defesa da Rússia recebeu a informação de que, no dia 10 de fevereiro de 2023, um trem chegou à Ucrânia e em um dos vagões havia uma carga de produtos químicos, acompanhada por um grupo de estrangeiros. O vagão foi desacoplado e rebocado para o território da usina metalúrgica de Kramatorsk, onde os produtos químicos foram descarregados sob a supervisão do Serviço de Segurança da Ucrânia e representantes do comando do Exército ucraniano", declarou Kirillov.

Ele também afirmou que a carga era composta por 16 caixas metálicas lacradas, oito das quais com sinal de risco químico, a inscrição BZ, com duas linhas vermelhas, o que corresponde a substâncias tóxicas de efeito temporário. Cinco caixas estavam rotuladas com a inscrição "CS-Riot" e três com "CR-Riot", com uma única linha vermelha correspondente a substâncias de ação irritante.
Kirillov ainda informou que a carga foi colocada em veículos blindados de fabricação norte-americana que, como parte de um comboio, avançaram em direção à linha de contato.
Panorama internacional
Onde está a investigação sobre os laboratórios biológicos dos EUA na Ucrânia?
Kirillov explicou que os EUA haviam anunciado a destruição completa destes materiais em 1990, quando cerca de 50 toneladas dessas substâncias foram descartadas, contudo amostras ainda foram mantidas.

"Avisamos que, em caso de provocações, com o uso de produtos químicos tóxicos, os verdadeiros culpados serão identificados e punidos", alertou Kirillov.

Ele adicionou que o MD russo seguirá trabalhando para expor as ações criminosas do Ocidente em violação da Convenção de Armas Químicas.
O Ocidente conta erroneamente com uma provocação química bem-sucedida durante os combates na Ucrânia, contudo, o MD russo é capaz de identificar com segurança o país que produziu o produto tóxico.
"O Ocidente está enganado ao contar com a realização bem-sucedida de provocações com produtos tóxicos em condições de guerra. As capacidades dos laboratórios químicos disponíveis no Ministério da Defesa da Rússia permitem determinar com segurança não só o tipo do produto químico utilizado, como também o país de origem", afirmou Kirillov.

Operação especial

Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial para desmilitarização e desnazificação da Ucrânia.
Durante a operação, o Exército russo, junto com as forças das repúblicas de Donetsk e Lugansk, libertou completamente a República Popular de Lugansk e uma parte significativa da república de Donetsk, inclusive Volnovakha, Mariupol e Svyatogorsk, bem como toda a região de Kherson, áreas de Zaporozhie junto do mar de Azov e uma parte da região de Carcóvia.
De 23 a 27 de setembro, a RPD, RPL e regiões de Kherson e Zaporozhie realizaram referendos sobre a adesão à Federação da Rússia, com a maioria da população votando a favor. Em 30 de setembro, durante uma cerimônia no Kremlin, o presidente russo assinou os acordos sobre a integração das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e regiões de Kherson e Zaporozhie à Rússia. Após aprovação por ambas as câmaras do parlamento russo, os acordos foram ratificados por Putin no dia 5 de outubro.
Comentar