"Em Munique [na conferência de Segurança], toda a conversa foi sobre uma vitória [da Ucrânia] que um dia será ganha. Mas foi um abismo entre o otimismo que os altos funcionários expressaram em público e as avaliações mais pessimistas ouvidas em privado", observou o autor.
De acordo com Walt, muitos políticos no Ocidente estão bastante pessimistas sobre o conflito ucraniano, eles não esperam que ele termine em breve e duvidam que Kiev será capaz de ocupar os territórios orientais, incluindo a Crimeia.
"De fato, pedidos cada vez mais fervorosos por ajuda mais letal [como tanques, artilharia, sistemas de mísseis táticos do exército e aviões de combate] podem refletir uma consciência de que a Ucrânia está em pior forma do que indicam os principais relatos midiáticos", continuou o observador americano.
O Ocidente tem que manter a moral pública, o que significa mostrar otimismo. Mas, como o professor aponta, os líderes ocidentais, prometendo um final feliz de Hollywood para a Ucrânia, podem se colocar em desvantagem se isso nunca acontecer.
"Se a guerra ainda estiver em um impasse brutal em fevereiro de 2024 e a Ucrânia estiver sendo destruída, então Biden enfrentará pressão para fazer mais ou procurar um plano B. Dado o que ele prometeu, qualquer coisa menos que a vitória completa parecerá um fracasso", enfatizou Walt.
Anteriormente, o Financial Times informou que há uma preocupação crescente na União Europeia de que as entregas de armas a Kiev não sejam conducentes ao início das negociações de paz com Moscou.