Panorama internacional

Provocação com armas químicas pode ajudar EUA a compensar falta de sucesso de Kiev, diz analista

Os Estados Unidos estão preparando um ataque de informação contra a Rússia, tendo organizado uma provocação com armas químicas na zona da operação militar especial, porque hoje eles não conseguem alcançar seus objetivos com a assistência militar a Kiev, declarou o conhecido especialista militar Aleksei Leonkov à Sputnik.
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Anteriormente, o chefe das Tropas de Proteção Radiológica, Química e Biológica russas, Igor Kirillov, afirmou que os EUA e seus cúmplices pretendem realizar uma provocação na Ucrânia usando produtos químicos tóxicos.
"Os EUA forneceram à Ucrânia uma grande quantidade de armas, incluindo armas de alta precisão. No início isso teve efeito, mas nos últimos meses Kiev não teve nenhum sucesso tangível na frente, e hoje os EUA estão tentando alcançar através da provocação na mídia o que não é possível alcançar militarmente [...] Acusando a Rússia de usar armas químicas, o governo de Biden está contando com a ressonância internacional", disse Leonkov.
O especialista lembrou que ao recuar de Lisichansk e Severodonetsk os militares ucranianos explodiram contêineres com produtos químicos, mas depois, devido às chuvas, eles não prejudicaram a natureza e a população.

Possibilidade de uso real

O especialista também não descartou o risco do uso real de armas químicas contra as Forças Armadas da Rússia, inclusive na região de Artyomovsk, onde as tropas ucranianas enfrentam a situação mais difícil.

"Já houve casos isolados em que os militares ucranianos lançaram de quadricópteros algumas substâncias que causaram paralisia nos militares russos. Aparentemente, a falta de resposta a esses precedentes foi entendida em Washington e Kiev como luz verde para novos ataques [químicos], mas isso não é assim [...] nós reagiremos duramente", sublinhou Leonkov.

A divulgação salva

Ao mesmo tempo, o especialista não descartou que a divulgação dos planos dos EUA pelo Ministério da Defesa russo forçará Washington a abandonar essa provocação. Leonkov observou que já houve tais casos no conflito atual.
"A exposição fez frequentemente o adversário recuar em seus planos. Foi o caso, por exemplo, da bomba suja ucraniana, depois das nossas declarações Kiev descartou essa provocação. Há uma esperança de que desta vez também nada aconteça, mas não se pode viver só com esperança – é preciso elaborar contramedidas", concluiu o interlocutor da agência.
Operação militar especial russa
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