Panorama internacional

Especialista: EUA, tentando pressionar a China, se apressam a acusar Pequim de qualquer coisa

Washington está procurando maneiras de pressionar o Pequim, tentando culpá-la pela pandemia da COVID-19, mas essas acusações são tão infundadas quanto às alegações sobre os suprimentos de armas à Rússia, afirmou Yuri Rogulev, diretor da Fundação Franklin Roosevelt de Estudo dos EUA na Universidade Estatal de Moscou.
Sputnik
Anteriormente, o diretor do Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês), Christopher Wray, afirmou em entrevista à Fox News que existe a possibilidade de que a pandemia de SARS-CoV-2 tenha começado por um vazamento ocorrido no Laboratório de Virologia de Wuhan, tal como o Departamento de Energia dos Estados Unidos sugeriu um dia antes.

"Washington está procurando vários métodos e formas de pressão sobre a China para a enfraquecer – este pode ser um deles. [...] Washington está pressionando Pequim de diferentes maneiras: agora eles estão ameaçando pelo fornecimento de armas à Rússia, embora a Rússia não tenha pedido armas, eles não têm nada, mas já estão acusando, como aqui", disse Rogulev.

Ele acrescentou que não se entende por que o FBI e o Departamento de Energia dos EUA estão lidando com o coronavírus e por que são eles que decidiram falar sobre isso.

"O FBI não é uma agência de inteligência, é uma agencia de contrainteligência, eles não têm nenhuma relação com a China e pegam espiões dentro do país. Suas alegações parecem estranhas, considerando que as outras agências de inteligência continuam dizendo que o vírus tem origem natural [...] Portanto, acho que isso é apenas uma forma de pressão política", ressaltou o especialista.

Não é a primeira vez que os EUA pressionam a China dessa maneira, observou Rogulev, considerando que Washington financiou os laboratórios de Wuhan.
"Trump até exigia da China compensação pelos gastos com a COVID-19, mas não teve tempo. Isso considerando que os EUA davam dinheiro ao laboratório de Wuhan – ele realizou uma série de encomendas do governo dos EUA através de certas empresas, mas eles nunca o admitirão", concluiu o especialista.
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