"No passado, os EUA e o Reino Unido conseguiram obter sucesso em alguns Estados e mudar o poder de fora, mas normalmente isso aconteceu em países mais fracos e menores. Na Rússia, é impossível fazer isso", disse Hague, pensando que estava falando com o ex-presidente ucraniano Pyotr Poroshenko.
Segundo ele, durante seu tempo como secretário das Relações Exteriores britânico ele visitou Moscou e se encontrou com "representantes da sociedade civil" na embaixada britânica, mas qualquer apoio do Ocidente para uma mudança de governo era considerado como conspiração e agressão dos países ocidentais.
Ele também disse que o Reino Unido consulta os Estados Unidos sobre entregas de armas à Ucrânia e que as principais decisões são tomadas em Washington.
"O Reino Unido sempre age no papel de quem fortalece a coragem e a determinação dos EUA, mas o Reino Unido não vai mudar sua política sem acordar isso com os EUA. Ou seja, as principais decisões ainda são tomadas em Washington", disse Hague, comentando sobre uma possível entrega de mísseis britânicos à Ucrânia.
Ele acrescentou que os ministros britânicos apoiam o fornecimento de mísseis de longo alcance a Kiev, mas em qualquer caso isso deve ser acordado com a parte norte-americana.
A Rússia enviou uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia será um alvo legítimo para a Rússia.