No dia 25 de fevereiro, os ministros das finanças e chefes dos bancos centrais do G20 adotaram um documento resumido sobre sua reunião sem condenar a operação militar especial da Rússia na Ucrânia devido às objeções de Pequim e Moscou, segundo o ministro das Finanças indiano, Nirmala Sitharaman.
A delegação da UE que vai participar na reunião do G20 em Nova Deli não vai assinar uma declaração que não contenha qualquer redação condenando as ações da Rússia na Ucrânia, com altos funcionários do bloco europeu dizendo ao presidente da reunião que a Índia tinha de incluir esta questão na pauta da reunião e em um comunicado conjunto, segundo a agência de notícias.
"Espero, [e] tenho certeza de que a capacidade diplomática da Índia será usada para fazer a Rússia entender que esta guerra tem que terminar", disse o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, conforme citado pela Reuters.
Na semana passada, a Bloomberg informou, citando fontes familiarizadas com o assunto, que as autoridades na Índia pretendiam evitar o uso da palavra "guerra" em conexão com a situação na Ucrânia em quaisquer declarações conjuntas do G20. As autoridades indianas estavam supostamente preocupadas com o fato de que os planos de alguns países de continuar impondo sanções contra a Rússia desviariam a atenção das outras prioridades das reuniões do G20.
A reunião dos chanceleres do G20 está ocorrendo na capital indiana, Nova Deli, de 1º a 2 de março, e conta com a presença do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, o chanceler do Brasil, Mauro Vieira, entre outras autoridades. O ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, preside a reunião, já que a Índia atualmente detém a presidência do G20.