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Governo oficializa retirada da inteligência do Brasil da chefia de militares e repassa à Casa Civil

Apesar de ter essa intenção desde o começo da transição, o governo julgava que a discussão sobre a mudança na ABIN ainda não estava madura para avançar, mas decidiu nesta semana bater o martelo para mudança.
Sputnik
Nesta quinta-feira (2), em decisão publicada no Diário Oficial da União, o governo Lula oficializou a transferência da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para a Casa Civil, retirando-a da responsabilidade de militares.
Dessa forma, a agência, responsável pelas atividades de inteligência e espionagem, deixa de pertencer à estrutura do Gabinete de Segurança institucional (GSI), segundo a Folha de São Paulo.
A medida não é uma "novidade", visto que a vontade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de fazer a mudança já havia sido ventilada, e ganhou maior impulso após as invasões em Brasília no dia 8 de janeiro.
A atuação do GSI durante os atos foi alvo de críticas no mundo político e por adversários. Apesar de não responder pela segurança presidencial aproximada, o ministério se ocupa das dependências da Presidência, de acordo com a mídia.
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Com a publicação do ato, o diretor-geral da ABIN deverá assessorar o ministro da Casa Civil, Rui Costa, em todos os assuntos relativos à agência. Costa é um político de confiança de Lula e vem se tornando o homem forte do governo, centralizando decisões, ampliando seu poder de nomeações e tornando-se porta-voz da equipe do petista.
Sobre a chefia da ABIN, Lula deve indicar o ex-chefe da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa, segundo o G1.
De acordo com Rui Costa, o presidente quer um nome de sua estrita confiança e pediu a Correa que apresentasse um projeto de uma agência moderna de informação e que, nas palavras dele, cumpra seu papel vocacional no estatuto. Durante o governo anterior, o órgão teve como diretor-geral Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro.
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