Operação militar especial russa

Membro do Pentágono revela quanto tempo poderia durar o conflito na Ucrânia

O subsecretário de Defesa para Assuntos Políticos dos EUA, Colin Kahl, revelou na terça-feira (28) quanto tempo poderia durar o conflito na Ucrânia, cujo resultado, frisou, será profundamente importante para a segurança da comunidade transatlântica.
Sputnik
"Não conhecemos o curso e a trajetória do conflito", afirmou Kahl durante uma audiência da Comissão de Serviços Armados da Câmara dos Representantes dedicada à ajuda militar que Washington oferece a Kiev.

"O conflito pode terminar em seis meses, ou pode terminar em dois ou três anos", acrescentou o membro do Pentágono.

Consequentemente, Kahl afirma que o país norte-americano e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) permanecem unidos no apoio à causa da Ucrânia através do envio de armas e munições, um fornecimento que, destacou, se prolongará "o tempo que for necessário".
"O nosso objetivo a curto prazo é ajudar a Ucrânia a mudar a dinâmica no terreno nos próximos meses, ajudando-a a defender-se simultaneamente enquanto se prepara para avançar no que esperamos ser uma eventual contraofensiva", continuou.
Por outro lado, relembrou que os EUA lideram uma coalizão global que apoia o país presidido por Vladimir Zelensky, e explicou que o secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, reuniu mais de 50 nações através do Grupo de Contato para a Defesa da Ucrânia.
"Em última instância, nossa coalizão está trabalhando por uma paz justa e duradoura que preserve a soberania da Ucrânia e defenda os princípios da Carta da Organização das Nações Unidas [ONU]", disse.
Em conclusão, Kahl se referiu ao conflito como a pior crise de segurança na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial.
Em 24 de fevereiro de 2022, Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou o início de uma operação militar especial para a desmilitarização e desnazificação da Ucrânia, em meio ao que disse ser um genocídio da população russófona na região de Donbass pelas forças de Kiev e uma ameaça à integridade territorial russa por parte da OTAN e do governo na Ucrânia.
Os países ocidentais têm intensificado seu apoio militar a Kiev desde o final de 2021, antes mesmo do começo da operação especial. Moscou sublinha que a assistência militar não ajuda a concluir um acordo de paz, e que todos os carregamentos de armas em território ucraniano são "alvos legítimos" para as Forças Armadas russas. Ao mesmo tempo, o Kremlin declara que atingirá todos os objetivos da operação especial, não obstante os diversos obstáculos.
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