"Honestamente, a única garantia, exceto [ser membro] da OTAN, seria fornecer armas nucleares à Ucrânia", afirmou ao portal Newsweek.
O chanceler também qualificou o cenário de impossível e indesejável, lamentando que a Ucrânia não possa receber armas nucleares.
Urmas Reinsalu argumentou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não deveria ignorar o pedido de Kiev de aderir à aliança ou oferecer modalidades alternativas de proteção, similares ao Memorando de Budapeste, o que converteria a Ucrânia em uma "zona cinza", onde seria necessário enviar armas cada vez mais devastadoras.
Em 1994, Ucrânia, Rússia, EUA e Reino Unido firmaram o Memorando de Budapeste que garantia segurança ucraniana após sua adesão ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.
A Ucrânia, que havia herdado um considerável arsenal nuclear após a desintegração da União Soviética, comprometeu-se a destruir o armamento.
No entanto, em fevereiro de 2022, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, anunciou na Conferência de Segurança em Munique que iniciaria consultas em virtude do Memorando de Budapeste, além de observar que Kiev poderia revogar seu status de país não possuidor de armas nucleares.
Em 2014, a Ucrânia renunciou seu status de país não neutro com o objetivo de iniciar seu processo de ingresso na Aliança Atlântica.
Em junho de 2016, a Ucrânia anunciou seu eventual ingresso no bloco militar como um objetivo de sua política externa.
Enquanto isso, em 2019, o parlamento ucraniano aprovou emendas constitucionais para consagrar a intenção de fazer parte da União Europeia e da OTAN.