Panorama internacional

EUA divulgam estratégia de cibersegurança que planeja usar 'todos os instrumentos do poder nacional'

Washington deve usar todos os meios para combater ameaças cibernéticas, recomenda um documento de combate a elas, e destaca a China, a Rússia, o Irã e a Coreia do Norte como maiores preocupações.
Sputnik
A nova estratégia de cibersegurança dos EUA declara a China "a maior ameaça" a seus interesses, revela um documento divulgado na quinta-feira (2) pela Casa Branca.
"A República Popular da China (RPC) apresenta agora a mais ampla, mais ativa e mais persistente ameaça às redes governamentais e do setor privado, e é o único país tanto com as intenções para reformular a ordem internacional, como, cada vez mais, o poder econômico, diplomático, militar e tecnológico para fazer isso", explicita o texto.
A Casa Branca acusou a China de aumentar suas operações no espaço cibernético durante a última década para supostamente roubar propriedade intelectual. O gigante asiático, diz a administração de Joe Biden, procura tornar-se "o mais avançado concorrente estratégico" dos Estados Unidos, capaz de ameaçar seus interesses e dominar na área de altas tecnologias críticas para o desenvolvimento global.
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Segundo Washington, a China também utiliza com sucesso a Internet para ampliar sua esfera de influência.
Além da China, a Casa Branca vê como ameaça a Rússia, e também o Irã e a Coreia do Norte como desafios crescentes.
Na opinião do governo dos EUA, o Irã usa seus meios para ameaçar os aliados de Washington no Oriente Médio e em outras regiões, enquanto a Coreia do Norte, diz, conduz operações para roubar criptomoedas e espalhar malware para extorquir dinheiro.
"O amadurecimento destas capacidades poderia afetar seriamente os interesses dos Estados Unidos, seus aliados e parceiros", sublinha o texto da estratégia.
Não foi revelado como os EUA planejariam combater "atores cibernéticos maliciosos", mas a ideia é usar "todos os instrumentos de poder nacional", combinando a inteligência e poder militar, tanto cinético quanto não cinético, com opções diplomáticas, financeiras e legais para sufocar tais atividades, de acordo com a estratégia.
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