"Já investimos US$ 113 bilhões [R$ 587,5 bilhões] no conflito ucraniano até este momento. E isso são apenas cálculos do governo, não incluindo os fundos que vieram da Alemanha, da OTAN e de outros países ocidentais. O único suspeito pelas explosões do Nord Stream [Corrente do Norte], para falar de algo evidente, foram os EUA", disse ele.
De acordo com Hersh, ele estudou extensivamente o negócio de gás e petróleo durante sua carreira, conhecendo pessoas e preparando publicações para The New York Times, New York Magazine e London Review of Books.
"Eu fiz e ainda faço isso [...] Quando trabalhei para The New York Times, escrevi várias dezenas de artigos sobre a CIA, o golpe no Chile, a vigilância ilegal de seus próprios cidadãos", acrescentou o jornalista.
No início de fevereiro, Hersh publicou uma investigação sobre as explosões do Nord Stream.
De acordo com sua versão, no verão, durante o exercício BALTOPS 2022 da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), mergulhadores norte-americanos plantaram explosivos sob os gasodutos russos e três meses depois os noruegueses os detonaram.
Além disso, o presidente Joe Biden decidiu sabotá-los após mais de nove meses de discussões secretas com sua equipe de Segurança Nacional.
O motivo da sabotagem, segundo Hersh, foi o receio do chefe da Casa Branca de que a Alemanha, que recebe gás da Rússia através desses gasodutos, não quisesse participar da assistência militar à Ucrânia.
O que aconteceu?
Os ataques ocorreram em 26 de setembro de 2022 em dois gasodutos russos de exportação para a Europa ao mesmo tempo – o Nord Stream 1 e Nord Stream 2. Alemanha, Dinamarca e Suécia não descartaram sabotagem.
A operadora dos gasodutos, a Nord Stream AG, informou que a situação de emergência nos gasodutos foi inédita e o tempo de reparos não pode ser avaliado.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a explosão dos gasodutos foi um óbvio ato de terrorismo.
O Pentágono disse à Sputnik que não tem nada a ver com os incidentes.