"Nenhum de nós no parlamento e na opinião pública alemã sabe o motivo desta viagem. É claro que o chanceler federal deve falar regularmente com o presidente norte-americano. Mas se ele está agora, aparentemente, viajando de repente para Washington, então devemos perguntar qual o propósito que isso serve. Uma reunião pessoal também deve ter um motivo especial. Eu não o conheço", disse o político à mídia alemã RedaktionsNetzwerk Deutschland.
De acordo com Merz, as conversas entre o presidente norte-americano, Joe Biden, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, podem incluir as entregas de tanques à Ucrânia.
Ele também enfatizou que existe "uma série de contradições" entre Berlim e Washington e que isso pode ser discutido.
O chanceler alemão Olaf Scholz está em visita a Washington para se encontrar com o presidente dos EUA Joe Biden. As conversas ocorrerão à porta fechada em meio a relatos de disputas entre os dois países sobre a questão dos tanques.
Esta será a segunda reunião entre Scholz e Biden. A primeira ocorreu em 7 de fevereiro de 2022, após a posse do primeiro como chanceler.
No final de janeiro, o governo alemão disse que decidiu entregar tanques Leopard 2 para a Ucrânia. A Alemanha pretende formar dois batalhões de tanques.
Na primeira etapa o país planeja fornecer uma companhia de 14 tanques Leopard 2 dos estoques de suas Forças Armadas.
Scholz indicou, pouco antes da decisão de fornecer tanques, que a disponibilidade de Berlim para tal passo depende se seus parceiros em Washington e aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tomarem a mesma decisão.
Mas foi o governo alemão o primeiro a anunciar publicamente sua decisão positiva, e só depois o presidente Joe Biden fez uma declaração semelhante.
Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional do presidente dos EUA, disse anteriormente na CNN que Washington não pretendia entregar seus veículos de combate a Kiev e só tomou uma decisão positiva por causa da insistência de Berlim.
Por sua vez, a Rússia já enviou uma nota aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia será um alvo legítimo para a Rússia.