Thierry Breton, comissário para o Mercado Interno da União Europeia (UE), declarou que o bloco precisa mudar para um modelo econômico de tempo de guerra.
"Acredito que é hora de a indústria de defesa europeia mudar para um modelo de economia de guerra para atender às nossas necessidades de produção de defesa", disse Breton ao jornal britânico The Financial Times, garantindo estar "determinado a apoiar o aumento da produção da indústria de defesa europeia para enfrentar as realidades de um conflito de alta intensidade, começando com a questão de munições".
Diplomatas contaram na sexta-feira (3) ao The Financial Times que vários Estados-membros da UE são céticos em relação aos planos de Breton.
Segundo o jornal, Breton está trabalhando com Josep Borrell, chefe das Relações Exteriores da União Europeia, em um plano para impulsionar a produção de armas, expandindo o trabalho das fábricas, e está pressionando os bancos e outras instituições financeiras, algumas das quais boicotam as empresas de armas, a aumentar seus empréstimos.
A revista alemã Der Spiegel informou na quarta-feira (1º) que a Comissão Europeia desenvolveu um plano para aumentar a produção de munições, incluindo munições de artilharia pesada de 155 mm, para as entregar à Ucrânia e aumentar as reservas do próprio bloco.