Moscou condena firmemente todas as tentativas de Londres de responsabilizar a Rússia pelo incidente de Salisbury em 2018, e insiste em uma investigação objetiva sobre o incidente, disse no sábado (4) Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Sergei Skripal, do Departamento Central de Inteligência (GRU, na sigla em russo) da Rússia, onde foi condenado por traição do Estado, e sua filha Yulia, foram envenenados em março de 2018 em Salisbury, na Inglaterra, Reino Unido, o que provocou um escândalo internacional.
Mais tarde a Scotland Yard, a polícia metropolitana de Londres, confirmou que um outro homem e outra mulher foram envenenados com a mesma substância que os Skripal. Dawn Sturges, de 44 anos, morreu no hospital do condado de Salisbury em 8 de julho de 2018. Londres acredita que o Estado russo esteve envolvido em envenenar os Skripal com a substância A234, e que Sturges foi uma vítima acidental. Moscou nega isso veementemente.
O ministério russo apontou que passaram cinco anos desde o incidente de Salisbury, "que as autoridades britânicas usaram para complicar deliberadamente nossas relações bilaterais".
"A este respeito, gostaríamos de lembrar mais uma vez que, apesar dos numerosas solicitações do lado russo e dos apelos para um diálogo responsável, Londres segue recusando ter uma discussão substantiva e uma investigação conjunta sobre este incidente, que resultou no ferimento de cidadãos russos", disse Zakharova, acrescentando que até agora Londres não forneceu nenhuma informação credível sobre o caso.
"Ao mesmo tempo, a liderança do Reino Unido continua a usá-lo sem vergonha em sua campanha de propaganda antirrussa em larga escala", observou.
Maria Zakharova sublinhou que a Rússia condena fortemente todas as tentativas de Londres de culpar Moscou pelo incidente de Salisbury, e insistiu na realização de "uma investigação profissional, objetiva e imparcial".
"Pretendemos continuar buscando consistentemente a verdade em meio às claras inconsistências da posição britânica. Continuaremos exigindo que as autoridades britânicas forneçam informações oficiais exaustivas, e também que cumpram suas obrigações legais internacionais de conceder acesso consular aos nossos concidadãos", instou Zakharova.