Operação militar especial russa

Legislador húngaro diz que ajuda letal torna UE e nações da OTAN parte do conflito na Ucrânia

O fornecimento de assistência militar letal a Kiev torna alguns países da UE e da OTAN partes do conflito na Ucrânia, mesmo que não estejam diretamente envolvidos nas hostilidades, disse o presidente do parlamento húngaro, Laszlo Kover, neste domingo (5).
Sputnik
"Os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN] e da União Europeia [UE] já enviaram quase US$ 60 bilhões [cerca de R$ 312 bilhões] em ajuda militar letal para a Ucrânia, uma das partes em conflito. Isso significa que Estados-membros separados da UE e da OTAN são participantes desta guerra, embora ainda não estejam lutando", disse Kover à emissora húngara HirTV.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, alertou no mês passado que a UE poderia entrar "como sonâmbula" em um conflito armado com a Rússia enviando armas cada vez mais letais para a Ucrânia. Ele argumentou que uma solução negociada era necessária para evitar mais baixas.
Na última sexta-feira, Orbán argumentou que as nações ocidentais precisam demonstrar um verdadeiro desejo e vontade de paz se quiserem que ela seja alcançada na Ucrânia. "Essa vontade é o que falta hoje, pelo menos no Ocidente", enfatizou.

Posição húngara sobre Finlândia e Suécia

Ainda de acordo com Kover, os legisladores húngaros vão à Finlândia e à Suécia para negociações de 7 a 8 de março, enquanto os ministros da Defesa do bloco europeu e o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, planejam discutir as propostas dos nórdicos para ingressar na aliança, em Estocolmo na próxima semana.
Panorama internacional
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"Concordamos por meio de canais diplomáticos que nossa delegação será recebida na terça e quarta-feira pelos presidentes parlamentares finlandeses e suecos, o Grande Comitê da Finlândia, o Comitê de Relações Exteriores da Suécia e os ministros das Relações Exteriores dos dois países", disse Kover à emissora.
O plano da Finlândia e da Suécia de aderir à Aliança Atlântica foi posto em dúvida devido às objeções da Turquia à adesão da Suécia. A Hungria juntou-se à Turquia como os únicos países-membros da OTAN que não ratificaram os pedidos. Kover disse à emissora que ambas as nações escandinavas "insultaram" a Hungria por anos e pressionaram a UE para negar o financiamento do orçamento do país.
O parlamento húngaro inicialmente planejava decidir sobre as propostas de adesão da Suécia e da Finlândia na próxima semana (6), mas a votação foi adiada por duas semanas. A presidente húngara, Katalin Novak, sugeriu durante uma viagem a Praga nesta semana que o processo de ratificação poderia ser adiado até maio.
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