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Decisão de Biden sobre projeto petrolífero destaca sua política confusa, segundo Bloomberg

O presidente Biden está entre o martelo e a bigorna diante da decisão sobre a exploração de um novo campo de petróleo no Alasca. Grupos ambientalistas o odiariam, mas ele passou grande parte do ano passado pedindo uma maior produção, aponta a agência Bloomberg.
Sputnik
Depois de quase 18 meses de deliberações, a administração Biden está chegando a uma decisão sobre se a exploração da jazida Willow no Alasca, que pode dar 180 mil barris de petróleo por dia, pode continuar.

"É uma daquelas decisões sem ganhos que cada líder doméstico é forçado a tomar, que se torna um teste de pureza das credenciais climáticas da administração", diz o artigo.

Segundo a edição, o projeto de US$ 8 bilhões (R$ 41,7 bilhões) vai ser responsável por 280 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono. Os ambientalistas já chamam o projeto da empresa multinacional ConocoPhillips de "bomba de carbono".
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"A aprovação desfaria grande parte da boa vontade que Biden ganhou ao aprovar a Lei de Redução da Inflação no ano passado, saudada como um passo importante em direção às metas estadunidenses de redução de carbono sob o pacto climático de Paris", diz a mídia.

Ao mesmo tempo, se observa que o bloqueio do projeto pode levar o presidente a ser acusado de hipocrisia. Biden passou o ano passado criticando as empresas petrolíferas por não produzirem petróleo bruto suficiente, pois os preços da gasolina subiram significativamente.
E, mais importante, isso vai enviar aos investidores um sinal de que os megaprojetos de petróleo não são mais bem-vindos nos EUA, deixando o maior produtor mundial ainda mais dependente do petróleo de xisto.
Por sua vez, empresas grandes como Exxon Mobil, Chevron, BP e Shell, incentivadas por um ano de lucros recordes, estão pressionando por mais produção de petróleo e gás.
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