Especialista militar explica por que os EUA treinam de antemão militares ucranianos a pilotar F-16

12:13, 7 de março 2023

Os EUA que, por enquanto, se recusam a transferir caças F-16 para Kiev, mas já começaram a treinar pilotos ucranianos para operar essas aeronaves, podem mudar de ideia, de acordo com Andrei Koshkin, especialista militar e chefe do Departamento de Ciência Política e Sociologia da Universidade de Economia Russa G.V. Plekhanov.

Sputnik

Anteriormente, o jornal Politico informou que dois pilotos ucranianos estavam sendo treinados no estado norte-americano do Arizona para pilotar o F-16. De acordo com o artigo, a Força Aérea dos EUA criou um programa para os pilotos das Forças Armadas da Ucrânia para estimar quanto tempo levaria para os aviadores ucranianos aprenderem a operar caças modernos, incluindo o F-16.

Segundo um representante do Pentágono, os pilotos estão na base há uma semana e vão permanecer lá mais uma semana. Entretanto, este programa não afeta a decisão de Washington de não fornecer a Kiev os F-16, acrescenta a mídia.

"Ninguém pensava que o Ocidente se atreveria a enviar blindados à Ucrânia, mas na [cúpula] Ramstein-8 tudo era sobre onde achar os tanques. Era também colocada a questão sobre a necessidade de fornecer uma frota de aeronaves", disse o especialista.

"Começam a pensar como enviar os F-16, para que eles possam, como nos tempos da Wehrmacht [Forças Armadas da Alemanha nazista], fornecer apoio aéreo ao comboio de tanques. É por isso que o treinamento dos pilotos começou com antecedência. O Reino Unido está muito orgulhoso do fato de treinar ativamente uma grande variedade de especialistas das Forças Armadas da Ucrânia. Acho que com o tempo F-16 aparecerá na linha de contato de batalha. Se eles estão se preparando para uma ofensiva séria como foi definida pelo [presidente dos EUA] Joe Biden, eles precisam de um espectro bastante amplo de equipamentos militares e armas, e agora eles estão trabalhando duro – todos os países que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN]", disse Koshkin.

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