"O mundo de hoje está mudando drasticamente, nunca será o mesmo que era antes de 24 de fevereiro do ano passado. O mundo, e isso já é visível, está se desintegrando não apenas em novas zonas econômicas, mas também em novas zonas monetárias", apontou.
Em uma dessas zonas, segundo Khazin, além da Rússia entrarão "seus vizinhos imediatos, Irã, Turquia e o mundo árabe, talvez outros [países]".
Quando perguntado que tipo de moeda estaria nessa zona, o especialista disse que é difícil dizer agora.
"Talvez seja o nosso rublo, ou haja outra moeda comum, como, digamos, na União Europeia", acrescentou Khazin.
O economista também observou que as ações inadequadas do Ocidente levaram à degradação de suas economias, e com uma mudança de elites, novos líderes certamente vão querer melhorar as relações com a Rússia.
"O Ocidente está à beira de uma crise profunda. As ações de seus líderes são tão inadequadas que não é mais surpreendente que as economias dos EUA e da Europa Ocidental estejam se deteriorando. Como evidenciado pela altíssima inflação, a contração significativa dos setores industrial e de serviços e a queda nas vendas no varejo", enfatizou Khazin.
Desde o final de fevereiro do ano passado, a UE já aprovou dez pacotes de sanções contra a Rússia, que incluem restrições financeiras, comerciais, assim como sanções individuais, devido à operação especial da Rússia na Ucrânia.