Novos dados avaliados pela comunidade de inteligência dos EUA afirmam que o ataque aos gasodutos Nord Stream foi conduzido por um grupo pró-ucraniano, informou o The New York Times nesta terça-feira (7).
Entretanto, no texto, o jornal observou que as autoridades americanas não tinham nenhuma evidência sobre se o presidente ucraniano Vladimir Zelensky e seus principais militares estavam envolvidos na operação, ou se os perpetradores agiram sob a direção de qualquer funcionário do governo de Kiev.
"Autoridades disseram que ainda há enormes lacunas no que as agências de espionagem dos EUA e seus parceiros europeus sabem sobre o que aconteceu. Mas as autoridades disseram que pode constituir a primeira pista significativa a surgir de várias investigações cuidadosamente guardadas, cujas conclusões podem ter profundas implicações para a coalizão de apoio à Ucrânia", afirma o jornal na reportagem.
Sobre a coalizão de apoio à Ucrânia, o jornal destaca a Alemanha, uma vez que a população alemão tem suportado altos preços de energia "em nome da solidariedade" aos ucranianos.
A mídia também destaca que funcionários que revisaram o relatório da inteligência disseram acreditar que os sabotadores eram provavelmente cidadãos ucranianos ou russos, ou alguma combinação dos dois. Autoridades de Washington disseram que nenhum cidadão americano ou britânico estava envolvido.
O relatório da inteligência dos Estados Unidos vai cem por cento em direção oposta ao artigo publicado, no começo de fevereiro, pelo jornalista americano Seymour Hersh, no qual Hersh afirma que os EUA em conjunto à Noruega teriam sabotado os gasodutos durante os exercícios anuais marítimos da OTAN conhecidos como BALTOPS.
Assim como relembrou a reportagem de hoje (7) do The New York Times, Hersh citou em seu aritgo que no início do ano passado, o presidente Joe Biden, depois de se encontrar com o chanceler Olaf Scholz da Alemanha na Casa Branca, disse que a decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de começar a operação ou não na Ucrânia determinaria o destino do Nord Stream 2.
"Se a Rússia invadir, isso significa que tanques e tropas cruzarão a fronteira da Ucrânia novamente, então não haverá mais um Nord Stream 2. Vamos acabar com isso." Quando perguntado exatamente como isso seria feito, Biden enigmaticamente disse: "Eu prometo a você que seremos capazes de fazer isso".
À Sputnik, Hersh disse nesta terça-feira (7) que se recusa a comentar o relatório de que o grupo pró-ucrânia sabotou o Nord Stream: "Bem, eu só estou olhando para ele. Puxa, as fontes não são nomeadas [...] não tenho nada a dizer."
O relatório da inteligência norte-americana com novas informações vem a público após nova visita de Scholz à Casa Branca, que ocorreu na última sexta-feira (3).