Panorama internacional

Chefe da OTAN não descarta rendição de Artyomovsk, mas não a acha 'ponto de virada' no conflito

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, admitiu que Artyomovsk (Bakhmut, em nomeação ucraniana) poderia ser controlada pela Rússia nos próximos dias e instou novamente a evitar a subestimação das capacidades russas.
Sputnik
"Nas últimas semanas e meses assistimos a batalhas ferozes em volta e dentro de Bakhmut [Artyomovsk] [...]. Não podemos excluir que Bakhmut venha a cair nos próximos dias. Mas é importante notar que isto não significa necessariamente um ponto de virada na guerra, mas sublinha que não devemos subestimar a Rússia, devemos continuar a apoiar a Ucrânia", afirmou o chefe da Aliança Atlântica.
Anteriormente, Daniel Davis, tenente-coronel dos Estados Unidos, apontou as consequências de rendição de Artyomovsk para a Ucrânia.
As projetadas ofensivas do Exército ucraniano nestes primavera e verão europeus podem falhar devido à retirada das Forças Armadas da Ucrânia de Artyomovsk (Bakhmut, em denominação ucraniana), escreveu em artigo para 19FortyFive.
Artyomovsk está localizada na parte controlada por Kiev de Donetsk a norte da grande cidade de Gorlovka e é um importante centro de transporte para o abastecimento das forças ucranianas em Donbass.
A Rússia alertou repetidamente que a OTAN está "brincando com fogo" ao fornecer armas a Kiev, e que comboios de armas estrangeiras seriam um "alvo legítimo" para seus militares assim que cruzarem a fronteira.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou que as tentativas de bombear a Ucrânia com armas não favorecem os diálogos russo-ucranianos e terão um efeito negativo.
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