Anteriormente, mídias alemãs relataram que a Alemanha realizou em janeiro uma busca em um navio supostamente utilizado nos preparativos para os ataques ao Nord Stream.
"De 18 a 20 de janeiro de 2023, o Ministério Público Federal realizou uma busca na embarcação, em conexão com seu aluguel suspeito. Suspeita-se que a embarcação em questão possa ter sido usada para transportar explosivos que detonaram em 26 de setembro de 2022 nos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2 no mar Báltico", disse a assessoria de imprensa do Ministério Público.
No momento, de acordo com o Ministério Público, a avaliação das provas e vestígios está em andamento, a identidade dos perpetradores e seus motivos também são objeto da investigação.
"Não há provas confiáveis a este respeito, especialmente sobre a questão do controle estatal, no momento", enfatizou a porta-voz.
O Ministério também apontou que não há nenhuma suspeita contra os funcionários da empresa alemã que alugou o navio.
Anteriormente, o New York Times noticiou, com base em dados da inteligência, que um grupo pró-ucraniano teria estado por trás da sabotagem dos gasodutos Nord Stream.
Por sua vez, o jornal alemão Zeit escreveu que os traços do ataque aos gasodutos levam na direção da Ucrânia.
O porta-voz presidencial russo Dmitry Peskov chamou as publicações que envolvem a Ucrânia de "operação coordenada de desinformação". Ele expressou perplexidade quanto à capacidade das autoridades norte-americanas mencionadas nas publicações fazerem suposições sobre ataques terroristas ao Nord Stream sem antes haver uma investigação.
Ataques aos gasodutos
Os ataques ocorreram simultaneamente em 26 de setembro de 2022 nos dois gasodutos russo-alemães que transportavam gás natural russo para a Europa – o Nord Stream 1 e Nord Stream 2.
A Alemanha, Dinamarca e Suécia não descartaram sabotagem.
A operadora dos gasodutos, a Nord Stream AG, informou que a situação de emergência nos gasodutos foi inédita e que o tempo de reparos não poderia ser avaliado.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a explosão dos gasodutos foi um óbvio ato de terrorismo.
O Pentágono tem negado qualquer envolvimento dos EUA.