Anteriormente, foi noticiado que a Polônia tinha entregue alguns fuzis de assalto Grot à Ucrânia e encomendado cerca de 200.000 adicionais para o seu Exército.
"Após um exercício conjunto das tropas especiais polonesas e ucranianas com fuzis Grot, o comando das Forças Especiais recebeu um relatório. Os soldados poloneses listaram nela uma longa lista de problemas muito sérios com esta arma", escreveu a publicação.
A nota salienta que as carabinas "emperravam constantemente, após o treino em muitos exemplares faltavam parafusos de fixação do cano, o revestimento plástico da culatra ou o travamento da extensão da coronha". Sem contar com a "baixa precisão de tiro" dos fuzis Grot relatada pelos militares poloneses.
De acordo com o jornal, tais carabinas foram entregues à Ucrânia pelo Ministério da Defesa polonês, mais especificamente para os soldados que estão lutando contra a Rússia, acrescentou o relatório.
Contudo, os defeitos eram tão numerosos que levaram os soldados poloneses a afirmar que "a variedade de defeitos é tão grande que a arma tem de sofrer modificações e atualizações sérias", concluiu a publicação.
O fuzil Grot de 5,56 milímetros é fabricado pela empresa Lucznik em Radom, Polônia, e destina-se a substituir os fuzis de assalto Kalashnikov.
A Rússia alertou repetidamente que a Organização do Tratado Atlântico do Norte (OTAN) está "brincando com fogo" ao fornecer armas a Kiev, e que comboios de armas estrangeiras seriam um "alvo legítimo" para seus militares assim que cruzarem a fronteira.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, comentou que as tentativas de bombear a Ucrânia com armas não favorecem os diálogos russo-ucranianos e terão um efeito negativo.