Operação militar especial russa

Pentágono tenta encaixar mísseis dos EUA em aeronaves ucranianas, diz mídia

O suposto trabalho estaria sendo feito em meio à relutância dos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em fornecer aviões de guerra ocidentais a Kiev.
Sputnik
O Pentágono está estudando a possibilidade de instalar mísseis fabricados nos EUA em caças MiG da era soviética, usados pela Ucrânia em seu conflito com a Rússia, disseram dois funcionários do Departamento de Defesa e outra fonte familiarizada com o assunto ao Politico.
As armas são mísseis ar-ar avançados de médio alcance AIM-120 (AMRAAM), projetados para serem disparados por aviões ocidentais, incluindo F-16, e têm um alcance de pouco mais de 100 km, informou a agência na terça-feira (7).
No entanto, as fontes notaram os desafios colocados pelo processo de integração, devido a diferenças significativas entre a tecnologia dos EUA e a soviética.
O principal problema é que o míssil e o avião não conseguem "se comunicar" um com o outro, disseram eles, explicando que, para disparar um tiro, o radar da aeronave deve encontrar o alvo e guiar o projétil para perto dele.
De acordo com as fontes, as questões nas quais o Pentágono estaria trabalhando seria como coordenar os sistemas.
"Como você monta essa coisa? Você pode fazer com que todos os componentes eletrônicos da aeronave se comuniquem com essa coisa que não deveria ser lançada?", disse um dos funcionários.
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As fontes apontaram que havia preocupações sobre Kiev dispor de poucos recursos de defesa aérea, enquanto as forças russas continuam com ataques de mísseis contra a infraestrutura militar e energética ucraniana, enviando balões chamarizes com refletores de radar para esgotar os estoques de mísseis ucranianos.
Se o Pentágono conseguir combinar AMRAAM e MiG, vai ser a primeira vez que os EUA dão às aeronaves ucranianas a capacidade de disparar mísseis ar-ar, escreveu o Politico.
Até agora, os Estados Unidos e seus aliados relutaram em atender às demandas persistentes da Ucrânia por aviões de guerra ocidentais.
"Estou descartando isso por enquanto", disse o presidente dos EUA, Joe Biden, no final de fevereiro, quando questionado sobre o potencial de armar a Ucrânia com caças norte-americanos. O líder ucraniano Vladimir Zelensky "não precisa de F-16 agora. Não há base sobre a qual haja uma justificativa, de acordo com nossos militares, agora, para fornecer F-16", disse Biden.
A Rússia alertou que as entregas de armas mais sofisticadas de longo alcance para a Ucrânia pelos EUA e seus aliados podem cruzar suas "linhas vermelhas", o que levaria a uma grande escalada. De acordo com Moscou, o fornecimento de armas, o compartilhamento de inteligência e o treinamento fornecido às tropas de Kiev já tornaram de fato as nações ocidentais partes do conflito.
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