Segundo fontes da agência, as transações petrolíferas com Moscou nos últimos três meses valeram o equivalente a "várias centenas de milhões de dólares".
Em dezembro passado, os países do Grupo dos Sete (G7), a União Europeia (UE) e a Austrália concordaram em impor um teto de preço ao petróleo russo exportado, ou seja, proibir seu fornecimento a um preço mais alto.
Fontes da agência disseram que algumas empresas baseadas em Dubai, assim como as empresas russas Gazprom e Rosneft, estão procurando pagamentos em outras moedas para certos tipos de petróleo bruto russo e que o combustível tem sido vendido a mais de 60 dólares por barril nas últimas semanas.
Observa-se que tais suprimentos constituem uma pequena proporção das vendas totais da Rússia para a Índia.
Entretanto, fazer pagamentos em dirrã pode se tornar mais difícil após as novas sanções do Reino Unido e dos EUA, uma vez que o banco russo MTS, sediado em Abu Dhabi, foi adicionado às listas de sanções em fevereiro, escreve a Reuters.
"Os fornecedores russos encontrarão outros bancos para aceitar pagamentos", disse uma das fontes à Reuters.
De acordo com a Agência Internacional de Energia, citada pela edição, a Índia aumentou suas importações de petróleo russo 16 vezes em 2022 e este já responde por cerca de um terço do total de suprimentos do país.
O país criou uma estrutura para estabelecer o comércio com Moscou em rupias indianas caso novas sanções sejam impostas ou se as transações em moeda russa não forem mais possíveis, acrescentaram as fontes.
Em 13 de novembro de 2022, a edição Indian Express informou que as autoridades indianas pretendem duplicar o volume do comércio com a Rússia usando a moeda indiana.
O intercâmbio comercial entre os dois países aumentou em grande parte devido a um aumento das importações de petróleo russo pela Índia.
Nos anos anteriores, a Índia costumava importar menos de 1% de seu petróleo bruto total da Rússia. Agora importa cerca de 22% de suas necessidades.
Em outubro, a Rússia se tornou o maior fornecedor de petróleo da Índia, ultrapassando o Iraque e a Arábia Saudita, escreve o jornal.