Em Brasília, Tai procurou visivelmente mostrar proximidade dos EUA com o Brasil. Deu a entender que a administração Biden passou muito tempo focada em questões internas, mas agora dedica mais espaço para alianças estratégicas e considera o país sul-americano um dos países prioritários, de acordo com o jornal Valor Econômico
Ao mesmo tempo, as conversas entre a representante e o governo brasileiro "confirmaram a expectativa mútua" de que a atual conjuntura possa ser traduzida em mais oportunidades de comércio e investimentos, com incentivos à construção de cadeias de suprimento mais resilientes, conforme comunicados do Itamaraty e do órgão representado pela autoridade norte-americana.
A secretária-geral das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, recebe a Embaixadora Katherine Tai, Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), 8 de março de 2023
© Foto / Gustavo Magalhães / MRE do Brasil
Há tempos o principal representante comercial dos EUA não vinha ao Brasil. E a presença de Katherine Tai foi positiva, é sempre melhor ter um canal de diálogo bom do que não ter, entretanto, diz o jornal, "quanto a gerar algo concreto, é outra coisa".
Na administração Biden, o Departamento de Comércio dá o tom com a política industrial e preocupações de segurança nacional, para construir vantagem competitiva, especialmente na rivalidade com a China, afirma o Valor.
Resta ao Brasil esperar, para ver o que de concreto pode realmente surgir com a proximidade americana tanto em nível bilateral como multilateral, e assim, poder comparar os resultados da viagem de Lula a Washington com sua visita a Pequim no fim do mês, entre os dias 27 e 30.