Desde o começo da operação russa na Ucrânia, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, tem aparecido em diversos "palcos" através de videoconferência: nos festivais de cinema de Cannes e Veneza, bem como no Grammy Awards e, no mês passado, no Festival de Berlim.
Entretanto, em um dos palcos mais desejados da indústria do entretenimento, o do Oscar, Zelensky não está tendo muito prestígio. Pela segunda vez consecutiva, a organização da cerimônia negou o pedido do presidente para ter um espaço na transmissão do evento, de acordo com a revista Variety.
Segundo descreve a revista, "fontes dizem que o poderoso agente da [agência de talentos] WME, Mike Simpson, fez um apelo à Academia para incluir o ator cômico que se tornou político, mas foi abafado. A Academia não quis comentar".
No ano passado, o produtor do Oscar, Will Packer, cancelou a aparição de Zelensky. Fontes dizem que Packer expressou preocupação de que Hollywood só estava dando atenção à Ucrânia porque os afetados pelo conflito são brancos, relata a mídia.
Desde então Zelensky recrutou Mike Simpson, que representa nomes de peso como Quentin Tarantino e Bong Joon Ho, para fazer aberturas para o Globo de Ouro e recontratar a Academia após as rejeições do ano passado, contudo, pelo menos para esse ano, não surtiu efeito.
As negativas do Oscar ao líder ucraniano acontecem quando as pesquisas mostram que o apoio dos americanos para fornecer assistência à Ucrânia enfraqueceu.