Uma tênue linha azul difusa que apontada para o canto superior direito corresponde a um jato de partículas de alta energia disparado do pulsar a aproximadamente a metade da velocidade da luz.
De acordo com a agência espacial, acredita-se que os arcos rosa de raios X marquem as bordas das regiões em forma de rosquinha, onde o vento do pulsar se choca e acelera as partículas de alta energia, enquanto o pulsar se concentra no círculo branco do centro da imagem.
Há aproximadamente 10 mil anos, a luz da explosão de uma estrela gigante da constelação de Vela chegou à Terra, deixando um objeto denso chamado pulsar para trás, que parece brilhar enquanto gira.
Alto grau de polarização é registrado pela 1ª vez em nebulosa de vento do pulsar de Vela
© Foto / (IXPE) NASA/MSFC/Fei Xie & (Chandra) NASA/CXC/SAO; Optical: NASA/STScI Hubble/Chandra processada por Judy Schmidt; Hubble/Chandra/IXPE processada e composta por NASA/CXC/SAO/Kimberly Arcand & Nancy Wolk
Na superfície deste pulsar surgem ventos de partículas que viajam a uma velocidade próxima à da luz, criando uma caótica miscelânea de partículas carregadas e campos magnéticos que se chocam contra o gás circundante, ou seja, o fenômeno conhecido como nebulosa de vento de pulsar.
Durante o registro, os cientistas encontraram um alto grau de polarização nos raios X da nebulosa de vento do pulsar de Vela.
"Trata-se do maior grau de polarização medido em uma fonte celestial de raios X", afirmou Fei Xie, autor principal do estudo.
A alta polarização significa que os campos eletromagnéticos estão bem organizados, alinhando-se em direções específicas e dependem de sua posição na nebulosa.
Os dados registrados ainda sugerem que o campo magnético está alinhado como uma estrutura suave em forma de rosquinha em torno do equador do pulsar.
O pulsar de Vela, localizado a aproximadamente 1.000 anos-luz da Terra, tem cerca de 25 quilômetros de diâmetro e gira 11 vezes por segundo.