"Mesmo que se condenem o uso da força e a quebra do princípio da integridade territorial dos Estados, não quer dizer que você não compreenda preocupações de segurança. Tem uma aula dada para a BBC por talvez o maior historiador britânico, Arnold Toynbee, chamada 'A Rússia e o Ocidente'. Ele não era comunista, não gostava da União Soviética, e dizia que a Rússia tem suas razões para ter preocupações com o Ocidente. Isso foi em 1952. É preciso ter uma compreensão disso, não se trata de dar a razão. Temos de entender, para encontrar uma solução com base no direito internacional, reconhecendo realidades", afirmou.
"Negociação é negociação. Por que senão, qual é o objetivo, destruir a Rússia? Outros já tentaram, Napoleão tentou, Hitler tentou, deu no que deu, sempre. A Rússia, mesmo desfeita de tudo o que tinha antes, do Império do Czar… é um país com 11 fusos horários, e um grande número de nacionalidades. O que se quer fazer, desintegrar isso tudo? Primeiro, os russos não vão deixar. É preciso encontrar uma negociação. O que está errado, está errado, agora temos de descobrir e discutir uma maneira que permita ter paz", afirmou.